sábado, 8 de junho de 2013

Medo

Como não falar do medo que nós persegue? Companhia constante.
É uma sensação inicial desde quando entramos na sala da primeira consulta.
O médico conversa, explica a técnica, pede os exames, nós já estamos decididos a fazer a cirurgia, mas mesmo assim sentimos aquela ansiedade.
Até porque ouvimos falar de um bocado de coisas a respeito. Na televisão passa de tudo. Gente que tentou todas as maneiras e se deu bem de uma forma ou outra, gente que fez dieta direitinho, gente que fez dieta da moda porque acha que aquela artista fez e se deu bem, gente que passou fome pra perder alguns quilinhos, se entupiu de chás ou comprimidos ditos milagrosos, gente que se matou fazendo academia pra perder aquela gordurinha que estava atrapalhando o visual, gente que desorganizado nos horários pensa que está fazendo tudo direito, mas ledo engano, acaba por se prejudicar e mesmo assim bota culpa no nutricionista que não deu a dieta certa.
Enfim, nesses casos tambem está o medo. Porque muitos após todo um processo, se cansaram não fazendo como deveriam, e o fantasma da obesidade volta a rondar. Então aquela insegurança de não saber o que fazer mais pra reduzir as medidas. O tempo vai passando, o peso aumentando, e a indecisão. O que fazer?
Esgotadas todas as tentativas, endócrino, nutricionista para uma reeducação alimentar, aliados à exercícios físicos, ao menos caminhadas diárias de no mínimo 30 minutos, vamos aos fatos...
Obesidade Mórbida, constatada e não tem mais jeito. Aliada às chamadas comorbidades.
Muitos pacientes obesos sofrem de comorbidades, ou seja, as doenças que decorrem da obesidade, que são: Hipertensão arterial, Diabetes tipo 2, Hipercolesterolemia, Apnéia do sono, Insuficiência cardíaca, Artroses de quadril e joelhos, Obstrução arterial (ex. coronárias, carótidas, etc.). Essas doenças geram muitas consultas médicas, exames, medicamentos e internações. Além do paciente sofrer com a doença ele também precisa arcar com grande gasto de tempo e dinheiro. Essas comorbidades causam a mortalidade precoce nos obesos. Outro aspecto que também merece consideração é o "sofrimento psicológico" causado pela obesidade. Alguns pacientes tem dificuldade para andar, passar na roleta do ônibus, sentar em poltronas de cinema ou avião, comprar roupas e até mesmo de fazer sua higiene pessoal. sem falar na discriminação social dificultando relacionamentos sociais e afetivos, além de dificultar a vida profissional em alguns casos.
Na pratica quantificamos o grau de obesidade conforme o IMC (Índice de Massa Corporal). Trata-se de uma conta matemática onde dividimos o Peso (Kg) pelo quadrado da altura (m).
Exemplo:
Peso = 130 Kg e Altura = 1,72 m
IMC = 130 / 1,72 x 1,72 = 43,94 Kg/m2, sendo assim:

IMC até 25 Kg/m2 = normal
IMC entre 25 e 30 = Sobrepeso
IMC entre 30 e 35 = Obeso tipo 1
IMC entre 35 e 40 = Obeso tipo 2
IMC entre 40 e 50 = Obeso Mórbido
IMC entre 50 e 60 = Super Obeso Mórbido
IMC acima de 60  = Super super Obeso Mórbido
Considera-se que atualmente o único tratamento eficaz para o obeso mórbido seja a cirurgia bariátrica.
Falaremos disso mais adiante...

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